No início do ano [1], uma mancha acompanhada de mau-cheiro foi detectada na Lagoa da Conceição, em Florianópolis-SC. De acordo com pesquisadores do Laboratório de Ficologia (LaFic) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) [2], o evento teve origem na eutrofização gerada por algas, cujo crescimento foi acelerado pelo aumento no despejo de esgoto na lagoa.
De acordo com a instituição, “a decomposição da matéria orgânica presente nos efluentes domésticos, transformação promovida por microrganismos, resulta na disponibilização de nutrientes que fertilizam a água, favorecendo o crescimento destas algas. As algas crescem excessivamente e acabam morrendo. O material em decomposição se desprende e é arrastado pelo vento às margens opostas ao mesmo“. Foram detectadas na análise espécies como diatomáceas, cianobactérias, algas verdes e vermelhas.
Estes eventos são comuns na temporada de verão, quando a temperatura é mais alta e o despejo de efluentes domésticos é maior, devido ao maior movimento de turistas. Todavia, apesar de serem mais prováveis em locais como lagoas, podem ocorrer em rios, represas e até mesmo em alto-mar. Além do aspecto característico e mau-cheiro, as algas podem liberar toxinas que trazem gosto à água potável, e dependendo do microrganismo, são tóxicas o suficiente para inviabilizar o consumo da água e de animais aquáticos.
O monitoramento preventivo pode ser feito através de coletas periódicas de amostras, ou em campo utilizando equipamentos portáteis (sondas) ou on-line. A medição em campo é feita com base na detecção e fluorescência característica emitida por alguns compostos existentes nos diversos tipos de microrganismos presentes na água, quando excitados por luz UV e visível. Cada classe terá um espectro único (denominado “fingerprint”), a partir do qual é desenvolvido um modelo de correlação específico, em função dos resultados obtidos em métodos de referência, como HPLC e outros.
A calibração da intensidade e comprimento de onda do instrumento é feita pela leitura da emissão de fluorescência de compostos específicos, como a clorofila A, ficocianina e a rodamina WT. Dependendo do instrumento, algoritmos são aplicados para compensação de efeitos do ambiente, como a turbidez, cor (presença de ácidos húmicos e fúlvicos) e reflexão da luz.
A Envicon oferece diversas soluções para este tipo de aplicação:
- Pensalab/bbe Moldaenke – Especialista na medição de algas e outros microrganismos, a sua linha de produtos inclui sondas, analisadores de bancada e on-line para quantificação de microorganismos diversos (algas, diatomáceas, Daphnia sp., etc.) e da determinação da toxicidade na água.
- Palintest – Tradicional fabricante de analisadores de qualidade de água, possui em sua linha a sonda multiparâmteros Macro 900, que além de possuir sensores para monitoramento de algas e correlação com outros fluoróforos (rodamina WT, fluoresceína, clorofila A), tem a possibilidade de inclusão de outros parâmetros úteis para a qualidade da água doce e do mar, como o pH, TDS, oxigênio dissolvido, entre outros.
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[3] https://www.bbe-moldaenke.de/en/knowledge-media/webinars.html?file=files/knowledge-media/webinars/BenthoTorch_Webinar_final.pdf