Controle de Nível em Estações Elevatórias de Esgoto: Por quê e como fazer?

Uma Estação Elevatória de Esgoto (EEE) exerce a função de transportar um líquido do ponto mais baixo para o mais alto, e compreende um conjunto de equipamentos como bombas, válvulas, reservatório, equipamentos elétricos etc. O controle de nível nas EEE é importante para o acionamento, proteção e conservação das bombas submersíveis, evitando eventos de transbordos, contaminações e poluição ambiental. Haverá situações em que o controle por chaves de nível será o suficiente e, por outro lado, situações em que os transmissores de nível serão mais apropriados. Chaves de nível são dispositivos utilizados para atuar em determinados pontos fixos de nível (baixo, alto etc.). Tal ponto, uma vez alcançado, exige o desencadeamento de alguma ação necessária à boa operação ou segurança do sistema a qual pertence o equipamento: ligar uma bomba, acionar um alarme etc. Já os transmissores de nível realizam uma medição contínua, transmitindo em tempo real informações de alarme, segurança e nível.

Para sistemas complexos e difusos, como redes municipais de coleta de esgoto, é comum a utilização de transmissores, uma vez que eles permitirem um controle mais confiável do sistema, este geralmente integrado a um controlador supervisório. Para um município de grande porte (~250.000 hab.), por exemplo, o número de EEE pode chegar a 150. Há dois tipos comuns utilizados para essa aplicação: o transmissor ultrassônico e o hidrostático. O ultrassom é uma onda sonora (mecânica), cuja frequência de oscilação é maior do que aquela sensível ao ouvido humano (> 20 kHz). No medidor contínuo do tipo ultrassônico, o nível é medido com base na velocidade de propagação da onda no meio e no tempo decorrido entre a emissão e a recepção da onda refletida (ECO). Entre os operadores de EEE, são comuns os relatos de que os medidores ultrassônicos não performam bem. Isto se deve ao fato de que a presença de espuma, poeira, vapor, névoa, neblina, turbulência do líquido e bloqueio do sinal pela presença de interferências são alguns dos fatores que afetam a medição de nível.

Já os transmissores de nível hidrostáticos operam com uma unidade submersível capaz de detectar a pressão hidrostática (PH) na parte inferior do líquido, transmitindo um sinal de corrente proporcional à coluna de água para a instrumentação do sistema. Uma das desvantagens desta alternativa é a medição de nível (h) inferencial, ou indireta, e depende da densidade relativa do líquido (d), dado que h = PH / d. Por isto, a compensação de temperatura também é requerida e, para aplicação em fluidos com alta viscosidade, como é o caso do esgoto, recomenda-se a instalação de suportes no fundo do tanque. Ademais, a realização de reparos ou rotinas de manutenção no transmissor é desagradável, pelo fato dele ficar submerso no esgoto bruto.

Uma excelente alternativa a esta aplicação são os dispositivos do tipo radar. O princípio de medição é o mesmo do ultrassônico, mas a onda é eletromagnética, gerada a partir de frequências de 5 GHz. Estes radares de onda livre utilizam antenas do tipo parabólica ou cônica ou corneta, e as principais vantagens de sua utilização são: ampla faixa de aplicação, imunidade a extremos ambientais, baixa manutenção, fácil acesso e fácil calibração. Os radares da MAGNETROL ainda são multifuncionais, e podem ser empregados para medir volume e vazão em canal aberto. Um verdadeiro coringa para os times de manutenção de uma ETE!

A ENVICON é a representante autorizada da ALUTAL nos estados do PR e SC. A ALUTAL é a distribuidora exclusiva da MAGNETROL no Brasil. Possuímos as melhores soluções em nível e fluxo, numa ampla variedade de opções para chaves e transmissores. Dúvidas? Consulte-nos! O foco do nosso atendimento é no processo do cliente!